<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, dezembro 26, 2002

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1!!!!!!!!!!!!!!

Desejo à todos que o ano de 2003 seja o melhor de suas vidas (pelo menos até 2004...). Que todos os nossos sonhos se realizem, mas lembrem-se: temos sempre que agradecer. O que ainda não temos, correremos atrás para conquistar. Duas regras para se viver melhor no ano que vem: 1. Não se preocupem com coisas pequenas. 2 Qualquer coisa é pequena...
Saúde e sucesso a todos...que venha 2003!!!!
FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!

Comentários:

segunda-feira, dezembro 23, 2002

Vou fazer aqui um balanço do tempo em que eu estou aqui no Rio. Tive muitas surpresas (boas e ruins), e reencontrei muita coisa que só se destaca aos olhos de quem está fora por muito tempo. E tive ainda algumas constatações...

COISAS BOAS:
Família, Daniela Cicarelli a toda hora, churrascaria, facção, me benzer para entrar no mar, pagode do Arlindo, Panela, marquinha de bikini, avançar sinal de madrugada, água de coco, BB Lanches, pelada do Costa Brava, Playboy da Kelly Key, pagode na casa da Beth, Lula, bloco das piranhas, três churrascos por dia, + amigos, pão fresquinho, eventos da Oi, Big Bob (sem cebola) e Ovomaltine (mal batido), sauna, Tribalistas, mudança de mão das ruas do Leblon, mangueira, Natal sem fome, o filho do Fredinho, feijão, fim de tarde no calçadão, coberturas, futebol na TV, sueca, Baixo, anúncio do Rio Sul, msn, marquinha de biquíni, e muito, muito mais...

COISAS RUINS:
Crianças nas ruas, violência, chuva, levar dura sem nenhuma nem uma razão, encontrar umas e outras, todo mundo mudando o número do celular, Rosinha, Prelude, cocô de cachorro nas ruas, medo incondicional, as contratações do Mengão, “Puliça”, não conseguir encontrar todos os amigos ainda, não poder escrever no site todos os dias...

CONSTATAÇÕES:
Tem muita gente de cabelo branco, têm outros ficando careca. Tem gente casando! Apesar dos pesares, quem quer está trabalhando. E por fim, não há nada como passar férias no Rio de Janeiro.



Comentários:

quarta-feira, dezembro 11, 2002

Playground

Acabei de dar uma passada no play do meu prédio. Muito mais do que somente a letra P no elevador, aquela área guarda muitas das minhas memórias de infância. Depois de tantos anos, a primeira impressão é de que tudo encolheu, como se eu estivesse andando em uma maquete. Fiquei viajando nos gols e nas jogadas de peladas históricas que eu jogava com o Marcelinho (o primeiro amigo de que me lembro) e mais tarde o Rafa. Os primeiros passos com a bola, que levaram todos a jogar no Flamengo. É difícil se imaginar como agente podia correr tanto em um espaço que hoje parece tão pequeno.
O play onde eu aprendi a andar de bicicleta. O salão de festas onde comemorei meus 10 anos! Lembrei de quando jogavámos queimado, vôlei e tenis entre duas pilastras. Pique esconde, polícia e ladrão (no prédio todo). As primeiras verdade ou consequência e salada mista. Enfim, todo o repertório de qualquer infância.
Todo muleque tem que ter um lugar onde ele se sente o rei. Onde tem seus amigos e juntos poderiam dominar o mundo. Mas preferm jogar uma pelada...

Comentários:

quarta-feira, dezembro 04, 2002

CHEGUEI!!!

Tô na área! Se me derrubar é penalty!!! É isso ai. Estou na cidade maravilhosa, pela primeira vez sem pendências e com mais de 2 meses para aproveitar. Ou seja, nem mesmo essa chuva é capaz de tirar o sorriso do meu rosto. Ainda estou em processo "arqueológico" para descobrir velhos e novos telefones de todos. Mas, repito, estou sem pressa.

Tenho que narrar aqui a verdadeira odisséia que foi a minha chegada ao Rio. Num primeiro momento, minha passagem estaria reservada para sexta-feira passada, 29 de novembro. Porém, meu mentor/padrinho nos Estados Unidos, Luis Teixeira, me aconselhou a adiar em uma semana para ganhar tempo para resolver tudo que eu precisava. Nem preciso dizer que nem essa semana fora suficiente. Mas tudo bem. Nova data para o embarque: 6 de dezembro. Beleza, só que a Delta Airlines, minha companhia aérea, cancelou todos os vôos NY-Rio a partir do dia primeiro desse vez. Que alegria...
Numa manobra de xadrez, um arranjo entre sistemas de milhagens de diferentes companhias me propiciou nova passagem, com mais escalas, porém de graça. Quem vai reclamar?! NY-Washington-Miami-Rio. Com troca de aeronave em todas as escalas. Sexta-feira 6 de dezembro de 2002. E a volta no dia 17 de fevereiro. Vou então à loja da United para pegar as passagens. O ticket mostra a volta para dia 17 de dezembro!! Argumento que deveria ser algum equívoco (fevereiro 02 / dezembro 12), mas nada. A atendente diz que essa era a reserva, e que para alterar ela cobraria $150 dolares. Minha reacao: -A ida esta garantida? Sim? Entao deixa eu ir que depois eu resolvo isso.
Tirando um pequeno contra-tempo (todos tinham algum compromisso e não podiam me levar ao aeroporto), e a neve que caiu sem dó na véspera, cheguei e embarquei na boa. Mais ou menos...
O avião que me levaria a Washington era o menor em que eu já estive na vida. A verdadeira definição de teco-teco. Para se ter um idéia, não tinha nem compartimento para se guardar as malas sobre a cabeça. Mas tudo bem. Eufórico e feliz, encostei a cabeça para um cochilo, afinal seria somente uma hora de vôo. Eram 6:15 da tarde. Acordo, olho no relogio 6:55. Ótimo, devemos estar chegando. Olho pela janela e... ainda nem decolamos!!! Explicação do piloto. Devido à nevasca da véspera, o tráfego aérea estava muito intenso. E como o nosso avião era o menor possível, acabou ficando para trás na fila. Nervoso com o vôo para Miami que saía às 8:25, percebi que eu não era o único. Outros quatro passageiros estavam na mesma situação, e pelo menos eu não estaria sozinho...
Conclusão; aterrissamos às 8:10 em Dulles, Washington. Não sei de fato se o aeroporto de Washington é o maior do mundo, mas naquela hora ele parecia ser. Corremos pelo aeroporto, pegamos trenzinho que cruza a pista até o outro lado, e chegamos ao balcão de embarque às 8:20! E aí começa o desespero. Com a cara mais lavada, a atendente nos informa que as portas do avião já estavam fechadas. Que teríamos que ser rebooked. Mas peraí! -Vocês sabiam que nós estávamos vindo em outro vôo da mesma empresa. E nós chegamos cinco minutos antes do horário do embarque!!! Sir, I am sorry... A verdade é que eles estavam lotados e deram nossos acentos para a lista de espera. E o pior! O vôo só saiu às 8:40!
Para completar, como o atraso fora decorrente de tráfego aéreo, a United não se responsabilizava pelo hotel. No final das contas eu estava em Washington, vestindo as roupas com as quais esperava desembarcar nos 40 graus do Rio, e só. As malas estavam em algum avião e eles me garantiam que eu pegaria quando chegasse no Galeão.
Bom, um dos caras que também havia perdido a conexão perguntou se eu me encomodava em dividir um quarto com ele. A hospedagem no Sheraton custaria $80. É melhor pagar quarenta... Com a reserva feita, o hotel nos pede para esparar no ponto H2 que uma van nos pegaria ali e nos levaria ao hotel. Tudo bem, se os termômetros não marcassem menos 10 graus do lado de fora. E o pior, o motorista recebeu diferente informação e estava no portal A2 esperando por um vôo que não existia. Após mais de meia hora, com todos os músculos do meu corpo contraídos e com os ossos tremendo de tanto frio, resolvemos andar até achar a van. Quando contamos a história pro motorista, ele nos disse para pedir 50% de desconto no hotel. Menos mal, $20 não matam ninguém. Chegamos lá, e após mil desculpas, o hotel nos garantiu o quarto de graça! E ainda nos deu drinques de graça no bar e caf'é-da-manhã liberado. Finalmente alguma coisa boa aconteceu!
Sempre quis conhecer Washington, e pensava que era o destino, ou qualquer coisa assim. Mas não. O hotel ficava perto do aeroporto, mas não do centro da cidade. Eu iria pagar $100 de táxi, e ainda teria que comprar um casaco. Deixa pra outra vez...
Chego com calma no aeroporto e embarco tranquilo. Andando pelo aeroporto de Miami (a decoracao é toda verde e roxa) me deparo com uma cena que só o Caco Antibes poderia descrever. Era o vôo pra São Paulo...
Ando mais um pouco, e as letras vermelhas luminosas escreviam Rio de Janeiro. A felicidade reanima e dá forças para encarar a última etapa dessa saga. No portão de embarque, pela segunda vez eu ouço meu nome no auto-falante (Pito e Duda devem lembrar da primeira vez). Eles queriam confirmar os números dos tickets da minha bagagem. Estava tudo certo.
Passei pelo purgatório, a aqui estou no paraíso...

Comentários:
Por Um Bom Tempo...



Um amigo meu virou para mim e disse: vai meu irmao / pega esse aviao / voce tem razao / de correr assim desse frio. Entao eu decidi que quero ver o rango no fogao (fogao) / luz acesa / me espera no portao / pra voce ver / que eu to voltando pra casa! Afinal de contas, eu moro / num pais tropical / abencoado por Deus / e bonito por natureza. Nao vejo a hora de conferir que o Rio de Janeiro continua lindo. Ah, essa cidade maravilhosa! Chega de saudade / a realidade eh que sem ela nao ha paz / nao ha beleza / eh so tristeza / e a melancolia que nao sai de mim. Eu sei que vou chorar a cada despedida / eu vou chorar / mas cada volta tua ha de apagar / o que esta ausencia tua me causou. A verdade eh que mesmo com tantos motivos / pra deixar tudo com esta / nem desistir / nem tentar / agora tanto faz / estamos indo de volta pra casa!



Comentários:

segunda-feira, dezembro 02, 2002

Que Furada!!!

VERSUS
Fatos reais que aconteceram com dois camaradas meus por aqui. Nao precisamos divulgar os nomes, mesmo porque sao americanos e ninguem dai conhece.

#1: Um grande amigo meu, que se formou comigo, dava um churrasco no verao. Ao ver a galera de brasileiros chegando, a namorada dele (que adora agente, mas sabe que sempre da merda), ja comeca a ficar nervosa. Ao cair da noite, nao deu outra. Ele forca uma briguinha pra sair com a galera. Vamos para um bar nos Hamptons, muito irado. Muito louco, bebendo desde o meio dia (para dizer o minimo), ele nao sabe mais seu nome, onde esta, ou quem eh. Se pega com duas baleias, achando que sao as melhores da noite. Todos zoando muito. Para se ter a nocao de como a galera estava, no caminho de volta para casa, ja quase clareando, agente invade uma casa para dar um mergulho na piscina. Pois bem, nem o mergulho gelado acalma o rapaz. Como de costume, apaixonado que eh pela namorada, ele liga pra ela no carro. Fala meia duzia de palavras sem sentido, com alguns "I love you" no meio, faz uma careta (como se ela dizesse "!~#&!*#"/*@^"), e ainda assustado aperta algum botao do celular para encerrar a maldita ligacao. Todos imaginam o teor da conversa na volta pra casa de um grupo de amigos.
-"Tu pegou aquela baranga!"
-"Que nada. Maior gostosa! Fiz a maior sacanagem com ela na pista..."
Enfim, nao entrarei em detalhes por respeito a minha audiencia feminina, mas a coisa foi muito pior do que isso.
Ao entrar em sua rua, nos deparamos com a namorada estatica de bracos cruzados (como um monumento ao guerreiro apache), em frente a sua casa. A cena seria completamente perfeita se ela estivesse de bobs no cabelo e um rolo de cozinha na mao, mas ao inves disso ela ainda empunhava o telefone. Encostamos o carro e ela num tom diabolico: "Saia ja deste carro!"
Totalmente palido, suando frio, provavelmente sobrio pelo choque ele sai do veiculo. Sem saber o que fazer, permanecemos no carro e podemos ouvir os berros da pobre: "-Eu ouvi tudo! Seu filho da puta!!! Sem vergonha!" Y otras cositas mas...
Conclusao: Com o alcool afetando sua coordenacao motora e mental, apos o esporro que tomara ao telefona-la as cinco e vai da manha, ele apertou qualquer coisa menos o botao off, antes de soltar o celular no banco do carro.
Nao me pergunte como, mas estao juntos ate hoje...

#2: O cara namora a menina ha uns 6 ou 7 meses. Ele gosta muito dela, mas com o tempo, ele ja percebe seus pequenos defeitos e manias. Aquelas coisinhas que ninguem se liga, mas tiram o malandro do serio. De repente ela solta uma bomba: "Voce quer casar comigo?"
Sem levar muita fe, ele olha dentro de seus olhos procurando uma indicacao de que ela nao estaria falando serio. Nao acha. Em fracao de segundos, ele vasculha seu cerebro atras de uma saida, e rebate: "Se agente ainda estiver juntos daqui a alguns anos, eh claro que sim." E sorri um sorriso de canto de boca, considerando-se vitorioso em batalha tao perigosa.
E ela contra-ataca: "Voce vai me comprar um anel de noivado?"
Querendo pedir reforco, ele revida: "Quando de fato eu lhe pedir em casamento, comprar-lhe-ei o mais belos dos aneis." Se sentindo como um cavalheiro ao aferir um golpe de mestre.
Coisa de uma semana depois, ela retorna ao temido campo de guerra: "Se eu comprar um anel, voce deixa falar para minhas amigas que iremos nos casar?"
Desesperado, desprevinido, ele dispara um NAO!!! sem precedentes em tal relacao. "De jeito nenhum!"
"Mas por que nao?" Indaga a inocente donzela.
Tentando ao maximo convence-la de uma vez por todas, ele eh decisivo: "Se eu te comprar um anel, e te pedir em casamente, voce pode usar e dizer que estamos noivos."
Eh claro que a esta altura ela se derrama em lagrimas e designada afirma que ele nao a ama... Menos por compaixao ou amor do que para faze-la calar a boca, ele se deixa abater e num instante de insanidade corresponde a ato de tamanho ridiculo. No dia seguinte, ela compra um anel de U$10, com uma replica de diamante muita da mixuruca, e espalha a noticia com requintes de crueldade. "Ainda nao acertamos a data." "Este eh obviamente temporario, porque o verdadeiro vai ser maravilhoso e carissimo!" "O nosso amor eh eterno."
Do outro lado do campus eu percebo esta cena; com a mao esquerda estendida aos sete ventos, ela quase estapeia quem passa para que todos possam ver de perto. Incredulo e ababacado (acho que esta eh a melhor expressao), eu procuro meu amigo por todos os cantos atras da veracidade dos fatos. So entao ele me conta toda a historia, e implora para que eu e todos os outros ignorem friamente o caso. Algumas semanas depois, ninguem mais prestava atencao no tal anel, e o absurdo acabou com o circo-devaneio da pobre donzela. Ela nao usa mais nada no dedo. Porem, o casal ainda continua junto. Ninguem sabe ate quando...


Comentários:

This page is powered by Blogger. Isn't yours?